
O juiz João Filho de Almeida Portela decretou a prisão de Glauciane Vargas Wiegert e Andrigo Gaspar Wiegert, filho do ex-deputado estadual Pedro Satélite (falecido este ano), em uma ação penal sobre corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, apurados na Operação Rota Final. Os investigados já protocolaram um recurso de habeas corpus no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) contra a medida.
Além de Andrigo e Glauciane, o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) também denunciou Eder Augusto, Max Willian de Barros Lima, Júlio Cesar Sales de Lima, Wagner Ávila do Nascimento, José Eduardo Pena, o ex-secretário Francisco Gomes de Andrade Lima Neto (Chico Lima), Carla Maria Vieira de Andrade Lima, Idmar Favaretto, Marcos Antonio Pereira, Alessandra Paiva Pinheiro, Cristiane Cordeiro Leite Geraldino, Adriano Medeiros Barbosa, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, Luis Arnaldo Faria de Melo e o ex-governador Silval da Cunha Barbosa.
Foram apontadas as supostas práticas dos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A denúncia já foi recebida e todos são réus pelo esquema fraudulento.
O MP pediu a decretação da prisão de Andrigo e Glauciane. Ao analisar o pedido, o juiz João Filho de Almeida Portela, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, considerou que há indícios de autoria e materialidade, assim como há fundamentos para a prisão preventiva.
“Os acusados Andrigo Gaspar Wiegert e Glauciane Vargas Wiegert encontram-se atualmente em lugar incerto e não sabido, fato que prejudica a regular instrução do feito e inviabiliza a futura aplicação da lei penal, revelando ainda que os acusados pretendem se subtrair aos efeitos de eventual condenação”, pontuou o magistrado.
Ele disse também que, neste caso, considerando o abalo à ordem pública causado pelos crimes indicados, há uma “rigorosa necessidade” de prisão cautelar. Com isso ele decretou a prisão preventiva de Andrigo e Glauciane.
“A postura dos denunciados, de ocultação de seu paradeiro, demonstra a intenção de dificultar a apuração da verdade e a regular instrução processual. Além disso, a defesa sequer trouxe aos autos o endereço atual dos acusados”.
Foi protocolado na quinta-feira (20) um recurso de habeas corpus em favor dos dois, contra o decreto de prisão.
Operação Rota Final
A Operação Rota Final mirou uma organização criminosa que atuava para fraudar licitações e manter um cartel no transporte público interestadual em Mato Grosso. Foram apurados os crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, impedimento e perturbação a licitação, afastamento de licitantes e crime contra a economia popular.
As investigações realizadas pela Delegacia Fazendária (Defaz) apontaram a existência de um cartel objetivando afastar empresas da licitação para o Transporte Intermunicipal em Mato Grosso. Segundo o Ministério Público Estadual, ocorreram pagamentos de vantagens para que grupos deixassem de disputar a licitação pública realizada em 2012.
FONTE: FOLHA DO ESTADO
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