Apreensão de celulares em presídios de MT aumenta 51% em 2024

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Um celular dentro do sistema prisional pode custar até R$ 20 mil

O número de apreensões de celulares nas unidades prisionais de Mato Grosso aumentou 51% no primeiro semestre de 2024, comparado ao ano anterior, conforme dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública. Neste período, foram recolhidos 1.643 aparelhos, contra 1.087 em 2023 e 884 em 2022.

Mesmo com o incremento nas apreensões, crimes continuam sendo ordenados e o financeiro das organizações criminosas operando dentro das prisões. O desembargador Orlando Perri revelou que um celular dentro do sistema prisional pode custar até R$ 20 mil. Com base no número de celulares apreendidos este ano, os criminosos desembolsaram no mínimo R$ 32,8 milhões.

As operações de segurança são intensificadas nas principais unidades prisionais do estado, incluindo a Penitenciária Major Eldo Sá Corrêa (Mata Grande) em Rondonópolis, a Penitenciária Central do Estado em Cuiabá, e o Complexo Penitenciário Ahmenon Lemos Dantas em Várzea Grande. Jean Carlos Gonçalves, Secretário-adjunto de Administração Penitenciária, destaca que os métodos de entrada dos aparelhos estão em constante evolução, dificultando a prevenção.

Para coibir a entrada de celulares, as prisões contam com revistas de rotina e scanners corporais. Contudo, as leis atuais são consideradas frágeis, facilitando a reincidência do crime, pois visitantes flagrados com celulares muitas vezes são liberados rapidamente.

Uma esperança para mitigar o problema é o bloqueador de celular que está em fase de testes na Penitenciária Central do Estado. Se os resultados forem positivos, a tecnologia poderá ser implementada em todas as unidades prisionais do estado ainda este ano.

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