
O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, homologou nesta segunda-feira (24) os acordos de não perseguição penal entre os empresários Giovani Crespani e Marcos Rosendo da Silva e o Ministério Público, livrando-os das penas no esquema que envolveu o desvio de R$ 101 milhões dos cofres públicos. Como parte do acordo, Crespani se comprometerá a devolver R$ 611 mil em 47 parcelas, enquanto Silva devolverá R$ 341 mil.
A Operação Vesperio, que desenrolou o esquema de fraude, revelou que os empresários participaram do desvio de valores da Conta Única do Estado de Mato Grosso. Crespani, atuante no setor de postos de combustíveis, recebeu R$ 2,3 milhões através da empresa Boa Fomento Mercantil, retendo uma parte dos valores. Já Marcos usou dados de sua empresa para receber pagamentos fraudulentos do governo, com o auxílio de Crespani, somando R$ 2,3 milhões.
Para evitar as penas de desvio de bens públicos, lavagem de dinheiro e associação criminosa, ambos firmaram o acordo. Além da devolução dos valores, ambos deverão comparecer mensalmente em julgamento para atualizar seus dados. Caso descumpram os termos, terão que responder judicialmente pelos crimes.
O esquema de desvio envolve uma pirâmide de pessoas que cederam suas contas bancárias para facilitar pagamentos fraudulentos. A ação envolveu um prejuízo estimado de R$ 101 milhões aos cofres públicos. Diversos outros empresários e ex-cooperados foram indicados por envolvimento no esquema.
Os denunciados incluem figuras como Juércio Antonio Marque (ex-presidente da Coopercon), Plínio Alexandre de Amorim Marques, José Ribeiro Neto, Claumir Tomazi, entre outros, todos com diversas redes empresariais e cooperativas.
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