A Politec (Perícia Oficial e Identificação Técnica), identificou o corpo do homem que morreu queimado em Nova Olímpia, a 207 km de Cuiabá, na madrugada de segunda-feira (24). A vítima foi identificada como Aleson Vitor Almeida da Silva Nunes, de 17 anos.

Segundo a Policia Militar, o corpo foi encontrado em uma área rural de canavial. Funcionários de uma empresa de segurança privada da propriedade rural teriam avistado um princípio de incêndio em uma porção de cana e acionado o caminhão pipa da fazenda para controlar o fogo.
Ao chegar no local, o motorista do veículo percebeu que havia uma pessoa pedindo ajuda com o corpo completamente queimado, e que uma segunda vítima já estaria morto.
A Polícia Militar foi acionada e ao chegar no local, confirmou o fato.
O Samu (Serviço Móvel de Urgência) prestou atendimento às vítimas, mas constaram a morte de um dos homens ainda no local.
A segunda vítima foi levada para o hospital municipal de Nova Olímpia com ferimentos graves.
O crime
No hospital, o sobrevivente também de 17 anos, informou para a polícia que ele e o amigo estavam em uma casa de shows quando chegaram 4 homens e os levaram para zona rural.
Eles teriam questionado se as vítimas seriam de uma facção rival e afirmado que deveriam ser mortos.
As duas vítimas teriam sido agredidas. Em seguida, atearam fogo na cana onde estavam os rapazes.
Para tentar se salvar, o jovem informou aos policiais que se fingiu de morto.
O jovem foi internado com queimaduras de 1°, 2° e 3° graus em 90% do corpo.
Devido a gravidade dos ferimentos, foi intubado em ventilação mecânica e levado para o hospital de Barra do Bugres.
Na manhã da segunda-feira, foi transferido para o HMC (Hospital Municipal de Cuiabá). O estado de saúde era considerado grave.
Com as informações colhidas com o adolescente, a Polícia Militar localizou na manhã da segunda-feira, uma motocicleta abandonada, que seria produto de roubo, e que possivelmente estava em posse das vítimas.
A Policia Judiciária Civil de Tangará da Serra segue investigando o caso na tentativa de identificar os suspeitos e a motivação dos crimes.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, não está descartada a possibilidade das vítimas terem envolvimento com o crime organizado, mas somente com o fim das investigações, será possível precisar o real envolvimento das vítimas com os suspeitos e a motivação.
Até o momento, nenhum suspeito pelos crimes foi preso.