AGU quer punir juiz que acusou Lula de relativizar furtos

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A Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou uma reclamação disciplinar ao Conselho Nacional de Justiça contra o juiz José Gilberto Alves Braga Júnior, da Vara de Plantão de Jales (SP), em virtude de o magistrado ter acusado o petista de relativizar furtos.

A queixa está na mesa do corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão. Em nota, a AGU disse que a afirmação de Júnior “é inoportuna, desnecessária e fundamentada em notícia falsa, estando absolutamente desconexa dos fatos e dos pedidos deduzidos no procedimento criminal que estava sob sua responsabilidade”.

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AGU afastamento servidores
O advogado-gera da União, Jorge Messias, o ‘Bessias’, ao lado de Lula | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Para a AGU, o embasamento do juiz nos autos representa uma conduta “ilegal e abusiva”. Isso porque Júnior teria ofendido o Código de Ética da Magistratura Nacional e a Lei Orgânica da Magistratura Nacional.

“Acresça-se que talvez o furto de um celular tenha se tornado prática corriqueira na capital, até porque relativizada essa conduta por quem exerce o cargo atual de presidente da República, mas para quem vive nesta comarca, crime é crime, e não se pode considerar como normal e aceitável a conduta de alguém que subtrai o que pertence a outrem”, disse o juiz no trecho interpelado pela AGU.

Lula fala sobre furtos durante entrevista

Durante uma entrevista transmitida ao vivo pelo Facebook de Lula em 25 de agosto de 2017, o petista responde a uma pergunta sobre as causas da violência e atribui os homicídios ao nível de pobreza.

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“É uma coisa que está intimamente ligada”, disse. “Ou seja, o cidadão teve acesso a um bem material, a uma casinha, a um emprego, e de repente o cara perde tudo. Então, vira uma indústria de roubar celular. Para que ele rouba celular? Para vender, para ganhar um dinheirinho. Eu penso que essa violência que está em Pernambuco é causada pela desesperança.”

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