Mato Grosso do Sul é o 2º Estado em que mais indígenas foram assassinados em 2022, com 38 mortes. É o que aponta o relatório divulgado nesta quarta-feira (26) pelo Cimi (Conselho Indigenista Missionário).
Segundo os dados, o Estado fica atrás apenas de Roraima, onde 41 indígenas foram assassinados no ano passado e na frente do Amazonas, onde outros 30 casos foram registrados.
Juntos, esses três estados foram responsáveis por quase dois terços (65%) dos 795 homicídios de indígenas ocorridos entre 2019 e 2022, com o registro de 208 casos em Roraima, 163 no Amazonas e 146 em Mato Grosso do Sul.
O relatório destaca o assassinato do jovem guarani-kaiowá Alex Recarte Vasques Lopes ,morto aos 18 anos, na Reserva Indígena Taquaperi, no município de Coronel Sapucaia.
A morte trágica de Alex motivou uma série de retomadas de terras pelos indígenas, resultando em conflitos com fazendeiros e operações policiais.
Uma dessas operações foi realizada em Amambai e resultaram no assassinato do também indígena da etnia guarani-kaiowá, Vito Fernandes. Outras pessoas ficaram feridas na ocasião.
O episódio foi batizado pelos indígenas como o “massacre de Guapoy”, referência ao nome do território ocupado pelos indígenas.
As informações contidas no relatório foram baseadas em dados da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), do SIM (Sistema de Informação sobre Mortalidade) e Secretarias Estaduais de Saúde.
