O governo Luiz Inácio Lula da Silva decidiu abrir uma nova rodada de concursos públicos neste ano. Desde janeiro, a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, anunciou a abertura de 8,2 mil vagas. Agora, a intenção é criar mais 10 mil postos de trabalho.
“Se o concurso for no ano que vem, a pessoa pode entrar lá só em 2025, faltando apenas dois anos para o fim desta gestão”, disse a ministra. “Não está certo ainda, porque não sentei com a Simone Tebet. Mas tento antecipar uma parte.”
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A expectativa é que o impacto no Orçamento seja superior a R$ 735 milhões
Aumentar o número de concursos públicos é um plano antigo do PT. Em junho, por exemplo, quando Dweck estava numa coletiva de imprensa para anunciar a criação de 4,4 mil novas vagas, Lula telefonou para a ministra e quis saber o motivo de não haver postos de trabalho em áreas como políticas sociais e meio ambiente.
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Com o anúncio do mês passado, o Brasil atingiu a maior quantidade de novas vagas criadas dos últimos dez anos. Agora, o inchaço da máquina pública deve aumentar.
Cotas para trans nos concursos públicos

Também em junho, o governo Lula decidiu reservar 2% das vagas do próximo concurso público de auditores ficais do trabalho para pessoas trans.
A intenção é selecionar 900 profissionais, o que resultaria em 18 vagas reservadas a transgêneros. A informação é da jornalista Monica Bergamo, da Folha de S.Paulo, publicada na quinta-feira 29.
Segundo a colunista, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse que também vai reservar 2% das vagas para indígenas.
A decisão de estabelecer cota para trans e indígenas é uma deliberação política, já que a legislação reserva vagas em concurso públicos apenas para negros (20%) e para pessoas com deficiência (5%). A reserva de vagas para negros foi criada pela Lei 12.990/2014.