A defesa do casal investigado por hostilidades ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu contratar peritos para atestar a idoneidade do vídeo que registra a confusão no aeroporto de Roma, na Itália. A confusão aconteceu no último dia 14.
O vídeo feito pelo celular de Alex Zanata Bignotto, genro de Roberto Mantovani Filho, supostamente mostra o ministro chamando um dos possíveis agressores de “bandido”.
A estratégia da defesa é esvaziar o impacto das suspeitas e eliminar a versão de que agiram com “intuito político”. O casal Mantovani é investigado por supostos crimes de injúria, perseguição e desacato.
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A defesa busca comprovar a autenticidade do vídeo para evitar suspeitas de “crime político” no episódio do aeroporto romano. O depoimento de Moraes à Polícia Federal (PF), no qual ele relata as ofensas e acusações sofridas, pode ser um ponto chave na investigação.
A defesa ironizou o depoimento de Moraes, apontando uma “curiosa inovação” em relação à representação inicial feita pelo ministro. A expectativa é de que as imagens do circuito de segurança do aeroporto de Roma possam dirimir contradições nas versões apresentadas.
Os Mantovani e a família de Moraes já depuseram à PF, e a perícia no vídeo será um elemento importante na investigação.
Entenda o caso

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, foi hostilizado no último dia 14, no Aeroporto Internacional de Roma, na Itália. O filho do magistrado teria sido agredido fisicamente.
A reportagem informa que o magistrado estava acompanhado da família no aeroporto, quando um grupo de três brasileiros se aproximou do ministro e começou a xingá-lo. Uma mulher, identificada como Andréia, teria dito que o ministro é “bandido, comunista e comprado”.