Polícia Civil cumpre 177 ordens judiciais com foco em empresas envolvidas em roubos e desmanche de caminhões

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Investigação identificou um forte esquema montado pelo crime organizado, resultando na desarticulação financeira do grupo criminoso

A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos (Derfva), deflagrou, na manhã desta terça-feira (26.09), a Operação Desmanche S/A, para cumprimento de 177 ordens judiciais, entre mandados de prisão, busca e apreensão sequestro de veículos de luxo e bloqueio de mais de R$ 46 milhões, relacionados a uma organização criminosa envolvida em crimes de roubos, desmanche e revenda de caminhões.

A operação de grande porte é resultado de meses de investigações realizadas pela equipe da Derfva, que revelaram um sofisticado esquema de crime organizado em que o grupo criminoso operava fomentando o roubo de caminhões. Os veículos, posteriormente, eram desmontados para venda de peças no mercado ilegal, por meio de empresas autopeças de fachada.

Entre as ordens judiciais cumpridas na operação estão 19 mandados de prisão temporária, 26 de busca e apreensão, além de sequestro de bens móveis e imóveis (incluindo 32 veículos de luxo), suspensão de atividade econômica e financeira de 12 empresas utilizadas para desmanche de veículos e a suspensão de exercício de atividade financeira de uma mulher identificada como contadora do grupo criminoso.

Os mandados de busca e apreensão são cumpridos em diversos municípios de Mato Grosso, como Cuiabá, Várzea Grande, Sinop, Mirassol D’Oeste, e em outros estados do país, como por exemplo Rondônia, demonstrando a amplitude da operação e o compromisso na desarticulação do esquema criminoso.

As buscas nas empresas investigadas contam com apoio da Superintendência de Fiscalização da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) e de peritos da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). 

Investigações

As investigações revelaram que o grupo criminoso era dividido em duas células distintas, sendo uma composta por proprietários de empresas, que coordenavam os roubos e os desmanches de veículos, bem como a destinação dos materiais roubados para as empresas de autopeças.

A segunda célula era composta por pessoas com funções subalternas, responsáveis por efetuar os roubos, o desmanche dos caminhões e também a guarda dos barracões onde eram ocultados os veículos produtos de crimes.

Foram identificadas 12 empresas envolvidas no esquema, sendo todas alvo de ordem judicial de suspensão das atividades.

Conforme as investigações, as empresas apresentavam um faturamento e uma atividade econômica que destoavam substancialmente do padrão comum em seu setor, levantando suspeitas sobre a legalidade de suas operações.

 Polícia Civil-MT

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